A Ida às meninas...


Pois, não é só o Sr. Presidente da República que lá vai…
“Um dos Roteiros presidenciais para a Inclusão é iniciado hoje com uma ida às putas. Seguir-se-á os sem-abrigo, os idosos e os voluntários. Com o nome pomposo de “Voluntariado e Exclusão Social em Meio Urbano”, visa realçar a importância do voluntariado e dar a conhecer casos de exclusão no destapar o véu a esta Lisboa. (Leia Memórias de Cárcere) ”
Depois de um ano, após o inicio destes roteiros presidenciais, está na altura de analisarmos a utilidade dos mesmos e verificarmos os frutos que essas visitas produziram. Quantas prostitutas deixaram esse modo de vida, e foram ajudadas pelo estado através de programas de reinserção social e hoje têm o seu emprego e o passado para elas é algo que desejam esquecer? Quantos sem-abrigo deixaram de viver em vãos de escadas, ou debaixo de pontes e hoje têm um tecto e um meio de subsistência que lhes permita viver com dignidade? Quantos idosos em situações de carência, muitos deles sem família encontraram um lar que os acolhesse e que lhes permita viver felizes, os últimos anos de suas vidas? Quantos outros excluídos, entre os quais a população prisional, os tóxicos dependentes e outros, viram as suas vidas melhorar com estes roteiros?
Se a intenção é realçar a importância do voluntariado, então que através da influência que tem como chefe de estado, faça com que haja condições e apoio, para que os mesmos possam alargar a sua esfera de acção em apoio aos mais desfavorecidos. Por parte do governo vemos acções que visam o desencorajamento de novos voluntários, e cito como exemplo a actual campanha de prevenção contra a SIDA, que se concentra no medo e no desenvolver do estigma, através de imagens chocantes que levam ao afastamento de possíveis voluntários para o trabalho tão necessário a doentes em fase terminal, muitos deles absolutamente sós e que necessitam de quem cuide deles e lhes dê algum carinho, nos últimos dias de suas vidas.
Focando agora mais especificamente, as prostitutas/os, (trabalhadores do sexo), sei de um programa chamado “red light”, levado a cabo pela associação Positivo, mas cuja área de acção está concentrada na zona de S.Paulo, que dá assistência médica, aconselhamento psicológico, distribui preservativos e de alguma forma luta pela reintegração dessas pessoas na sociedade, mas o mesmo não chega e é apenas uma gota de água num oceano de problemas. É a sociedade civil a fazer um trabalho, quase sempre com muito pouco apoio por parte do estado e o alheamento de um governo socialista em que a componente social está esquecida e apenas é falada em altura de eleições.
Nos meus roteiros sem pompa, nem noticiados pela comunicação social, também por vezes visito prostitutas no seu local de trabalho. Munido de caixas de preservativos, lá os vou distribuindo, e elas agradecem. Às vezes páro o carro e elas vêm logo, muito sorridentes anunciar os seus serviços… beijinhos (sexo oral) e sexo vaginal com preservativo 20 euros…se quiser sexo anal são mais cinco euros. Digo-lhes que ando a distribuir preservativos por causa da Sida, agradecem e vão de novo para o seu posto de trabalho, acenando a este ou àquele carro que passa em velocidade reduzida.
A algumas e desejando fazer pesquisa, faço-me passar por cliente e digo-lhes que não gosto do preservativo e que não me importo de pagar mais. Umas dizem logo que não mas outras não se importam e concordam. Levam com umas carteiras de preservativos e anuncio-lhes que estou infectado e despeço-me.
Uma dessas trabalhadoras do sexo, que conheço há alguns anos, através de uma associação da qual se aproximou numa altura em que procurava deixar a “vida” e arranjar apoios que lhe permitissem sobreviver, um dia disse-me que há clientes que chegam a oferecer-lhe 50 euros, para terem sexo desprotegido. Disse-me que não aceitava, relatando o que lhe poderia acontecer, blá…bla…bla. Não sei se o faz ou não, mas o que me preocupa é o comportamento desses clientes, que depois vão para casa e tem sexo com as suas esposas ou companheiras, as quais correm o risco de ser infectadas.
Enquanto não mudarmos os nossos comportamentos e enquanto não houver campanhas realmente eficazes e contínuas a lembrar que a SIDA existe, nunca se conseguirá travar o avanço da pandemia.
Autor: Raul Rudoisxis

27 comentários:

Biby disse...

Olá!
Há coisa de 2 anos vi na RTP 2 um programa sobre a SIDA nos países de Leste e fiquei chocada com a ignorancia dos governos daqueles países. Estes senhores mandavam prender e retirar os preservativos ás ONG que os andavam a distribuir pelas prostitutas de rua. Para os ditos senhores a HAART não era dada ás protitutas e não queriam campanhas de sensibilização nem distribuição de preservativos porque assim matavam dois coelhos de uma só cajadada ou seja as prostitutas infectavam-se, morriam mais depressa e assim acabavam com o problema da Sida e da prostituição. Claro que esta atitude só contribuiu para o aumento da SIDA sobretudo nos policias que vinham das aldeias trabalhar para as cidades(mal informados) e em troca de favores sexuais "perdoavam" as prostitutas e não as levavam presas.
Aberrações destas só contribuem para o disseminar da epidemia.

Olá!! disse...

A isso se chama sobrevivência num mundo cão...
Ainda não entendo como se distribuem seringas de borla e não preservativos....
Beijos

whitExpressions disse...

Depois passo para comentar com calma.
Passa no meu cantinho, tens um prémio.
beijinhos

Coragem disse...

O problema, é exactamente o comportamento humano, que deixa muito a desejar.
Indigna pensar, que ainda nos dias de hoje, existem homens que pagam mais, para ter sexo sem preservativo.E elas aceitarem claro, por a vida em risco, por + 10 ou 20 euros.
Leva-nos quase a pensar, se esses homens, não serão eles infectados e agirem quase como uma vingança...Pois casos desses já ouvi falar.
Beijinho

Odele Souza disse...

É mesmo impressionante como podem pessoas agirem de forma irresponsável, como se a posssibilidade de serem infectados pelo vírus da SIDA/HIV fosse inexistente.Sexo desprotegido. Há quem pague, há quem aceite. É assustador pois mostra desinformação e falta de respeito com a vida.

Concordo totalmente de que é necessário e urgente que se façam campanhas esclarecedoras e de forma contínua para conscientizar o maior número possível de pessoas, sobre a necessidade de que se tomem os devidos cuidados numa relação sexual, para evitar a contaminação pelo virus da SIDA/AIDS. É preciso conscientizar de que a vida não admite negligências. Tampouco descuidos.

Um abraço.

amigona avó e a neta princesa disse...

Não sei que diga Raul mas conseguiste arrepiar-me! É mais um assunto daqueles que não podemos fazer de conta que não existe! Obrigada pelo teu alerta! É impressionante pensar como a ignorância mas também a estupidez, a falta de respeito grassa por aí e só vem aumentar dia a dia o número da realidade desta situação...como é possível pessoas fazerem de conta que não há problema?!!!! Porque até pode ser deles próprios que estamos a falar!!! Não entendo a não ser que, de facto, a estupidez seja demasiada!!!
Quanto às cruzadas presidenciais têm o seu lado positivo e acredito que valem a pena...infelizmente do que conheço é assim uma coisa mais ou menos, como hei-de explicar? Fica-se num território conhecido, nunca se sai muito da área definida por alguns, não sei se diga...os compadres, as influências...sim, também aqui...beijo, meu amigo e um abraço de amizade por seres quem és e um bom fim-de-semana...

Silvia Madureira disse...

Esta é uma realidade que de tão estúpida que é, parece ficção...

Depois de tanta informação divulgada, depois de tantos alertas, as pessoas insistem em fazer sexo desprotegidas...

Mais...usam a falsidade...pois as pobres mulheres que estão em casa de nada sabem e acabam por ser infectadas...

Por isso digo, quando se tem um compnheiro junto de nós devemos mesmo amá-lo e sentir que ele também nos ama porque senão...a vida conjugal passa a ser sinónimo de falsidade...

Tenho pena das meninas prostitutas ...mas não sei se ainda terei mais pena dos homens que por lá passam...porque é sinal que não são felizes e não fazem alguém feliz.

Que diga mais? O mundo é assim e parece que não querem alterar.

Eu alertei a várias pessoas para virem aqui, mas parece que querem viver na ignorância...sei lá...

Obrigada por seres quem és...vale a pena conhecer pessoas como tu

Honestas, sinceras e abertas à partilha

SILÊNCIO CULPADO disse...

Raul
Este post é excelente e duma crueza dolorosa. Não tenho mais palvras. Estou siderada com o que aqui dizes.
Abraço

peciscas disse...

Esses roteiros e actividades afins, podem ficar muito bem na fotografia, mas, de facto, não adiantam grande coisa.
São, afinal, como um balão de S. João: brilha um momento, sobe, mas em breve se desfaz e ninguém mais se lembra dele.

Laurentina disse...

Este post doi fundo.
Não vale a pena ficar de boca aberta ...porque é a triste realidade de um país que apanha e gosta...em todas as areas


beijão grande meu amigo.

Mary disse...

Este post tocou em todas as feridas.

Um texto de cinco estrêlas escrito por uma pessoa grande/maior.

Abraço

whitExpressions disse...

Tema muito delicado Raul.

Em Lisboa conheço algumas pessoas empenhadas no trabalho directo com prostitutas, na entrega de preservativos, uma ajuda médica, apoio psicologico e juridico, enfim...

Mas na minha opinião visto não haver mudanças de comportamento e cada vez haver mais infectados heterossexuais na casa dos 50/60 anos que acabam por contaminar uma esposa sem culpa, infelizmente, é duro pagar uma factura sem ter comportamentos de risco, faco-me entender!

Uma via seria mesmo acabar com a prostituição de rua, este ano estive na holanda, tanto o senhor que vai ás meninas tem a certeza que ela não dst`s, pois são obrigadas a fazer analises, pagam impostos, tem uma reforma e no caso de contrairem uma doença tem reforma antecipada e apoios.

Olhando para o bem estar destas mulheres pois são seres humanos e é uma realidade que não queremos ver, lá se um senhor começa a ofender uma prostituta vai dar uma voltinha com a policia, nada mal pensado.

Por último, haver sitios especificos para esta prática, pois não concordo que durante o dia na baixa lisboeta por exemplo, onde abunda esta prática, crianças sejam obrigadas a ver estes filmes.

Parabéns pelo trabalho.

Bom fim de semana.

Beijinhos

Zé Povinho disse...

Os roteiros com anúncios em grandes títulos e preparados ao milímetro não me dizem nada e não são eficazes, nem neste campo nem nos outros por onde já se têm desenvolvido. O voluntariado é feito por gente, na sua maioria anónima, enquadrados por umas poucas entidades com escassíssimos meios, mas com dedicação e calor humano. É pena que não seja um movimento mais vasto e com mais meios, mas é o que é possível quase que só com boas vontades. O artigo é bastante elucidativo e aborda o tema com humanidade.
Abraço do Zé

G.BRITO disse...

É preciso avisar toda a gente.
Mas como muito bem diz o Raul é preciso encontrar respostas das nossas instituições para os diferentes problemas aqui focados.

Anónimo disse...

Porque no blog se fala de preconceito e este também existe, e em larga escala, em relação raça não caucasiana colo o link de uma reportagem que acabei de ler e que retrata uma realidade que, confesso, desconhecia, de todo, que existia nos arredores do Porto. Triste e comovente, não nos deixa indiferentes.Se passamos dos sentimentos à acção de forma a combater o preconceito, isso já é outra questão.
http://dn.sapo.pt/2008/02/09/sociedade/isto_e_gangue_e_familia.html
Beijos Ruru, tenho estado atenta ao teu blog, apesar de nem sempre opinar.

Fatyly disse...

Não sei se o faz ou não, mas o que me preocupa é o comportamento desses clientes, que depois vão para casa e tem sexo com as suas esposas ou companheiras, as quais correm o risco de ser infectadas.
........................
Falas de um tema bem problemático e este parágrafo sintetisa tudo, porque senão houvesse procura não haveria oferta.
Mas há...e prende-se, revista-se, etc, etc. quem vende sexo, mas nada se faz contra quem procura.
Porque não prender os carrões (com os respectivos donos) que pela calada da noite procuram os putos que proliferam nas zonas problemáticas e embleáticas de Lisboa?

A distribuição de preservativos é fundamental. A prostituição deveria ser legalizada para não estarem dependentes de chulos e terem direitos como qualquer profissional.

As visitas do presidente, aqui tive que gargalhar, não passam de fantuchadas e senão fossem as associações privadas fazerem o que fazem em prol dos mais desfavorecidos e de quem padece, isto seria um país do quinto mundo.

Tristemente há campanhas para os de fora sem colmatarem primeiro o que de tão grave existe cá dentro.

Dou-te um exemplo: Maria Barroso quando foi presidente da Cruz Vermelha, ficou bem nas fotografias a dar lapinhos e cadernos aos miúdos de Angola. Não ponho em questão o seu trabalho, ponho sempre em cima da mesa as "cartas" às quais todos viram a cara: nunca ninguém falou/questionou/indagou que os camiões de mantimentos e não só, de muitas organizações mundiais eram assaltados pela própria policia militar angolana e o material vendido no maior mercado de Luanda: o Roque Santeiro.
Passados uns anos a hipócrisia das visitas governamentais e de muitos organismos estatais é só para inglês ver.

Acredito mais no que cada um de nós poderá fazer e faz...até onde os seus braços cheguem e todos juntos poderemos marcar a diferença.

Um bom testemunho e infelizmente o voluntariado está muito aquém do necessitado.

Bom fim de semana

Anónimo disse...

Para discussão:


Seropositivos podem ter relações sexuais desprotegidas sem correrem o risco de contagiar o parceiro não infectado. Para isso ser possível, o portador do VIH tem de estar num tratamento estável de retrovirais e ter suprimido o vírus no sangue há pelo menos seis meses.
A teoria desta equipa de investigadores suíços levantou, como seria de esperar, uma grande polémica, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a afirmar que “não alterará nada nas recomendações para praticarem sexo seguro”.

A comissão suíça para a sida anunciou em Janeiro que determinados doentes, cujo tratamento seja bem sucedido na supressão do vírus e que não tenham outra doença sexualmente transmissível, não representam ameaça para outras pessoas. “Não só é perigosa, como induz facilmente em erro. Além disso, desrespeita todas as noções existentes sobre a transmissão do vírus”, comentou Jay Levy, especialista no vírus da sida.

A base para a argumentação dos cientistas suíços foram estudos que dão conta da inexistência do vírus nos fluidos genitais de seropositivos que seguem o tratamento à risca. Charles Gilks, director do departamento responsável pela temática na OMS, até considera que possa resultar num país como a Suíça, mas alerta para o perigo de má interpretação dos dados.
A.P.

In Correio da Manhâ

R.Almeida disse...

Caro M�rio Relvas
O que diz no seu coment�rio � verdade.
Os leitores podem ir aos arquivos do Sidadania e lerem os posts publicados:
"E agora srs.Doutores?"(6DEZ2007) e tamb�m "Digam ao povo"(7DEZ2007
O professor Bernard Hirschel � um cientista de renome mundial e foi quem teve a coragem de o dizer ao mundo.
Contudo,e porque o importante � divulgar a preven�o, e porque h� pessoas inconscientes que podem baseadas nesses estudos,influenciar pessoas,para sexo desprotegido, n�o tendo cargas virais suprimidas � conveniente termos um pouco de conten�o em publicitar esse conhecimento cientifico.Pelo que vejo � uma pessoa bem informada.Continuo � espera que tenha condi�es e tempo para descrever a sua viv�ncia com seu filho no dia a dia,pois quero divulgar o autismo,na primeira pessoa para que melhor o compreendam.Um abra�o
Raul Rudoisxis

Silvia Madureira disse...

Olá:

Voltei aqui...pensar neste assunto.
Que mundo é este?

É um mundo no qual se arrisca a saúde por 10 euros?

Um mundo no qual se escolhem os piores e ficam os melhores devido a uma cunha?

Um mundo onde vale tudo?

Existirão princípios?

Ainda existirá quem ame?

Será que não se anda a planear a própria destruição?

Neste mundo tem que se viver com muita CABEÇA, como muita RESPONSABILIDADE, com muito AMOR...para não se cair nas situações ridículas descritas no texto e que demonstram o mundo miserável que nos rodeia.

beijo

Adoro o teu blog: ensina muito

Beezzblogger disse...

Olá meu caro Rudoisxis, eu também me solidarizo com esta causa, pois enquanto ser humano, não estou IMUNE a este doença, penso aliás que ninguém está. Não procuro sexo na prostituição nem troca de parceiros, possuo a mesma parceira de sempre, também não uso drogas nem troca de seringas, não tenho as principais fontes de contágio, por assim dizer, mas não estou imune, sei e tenho consciência disso. Também sei, que posso conviver normalmente com um seropositivo sem ser contaminado, desde que tenha precauções, sim, mas precauções não são, rejeição, discriminação e outras formas de desprezo.

Encontro-me disponível para colocar no meu blog, se assim o desejar, um link para este seu maravilhoso blog e abraçar esta causa.

Abraços do Beezz

Laurentina disse...

Eu acho que falta o Adesenhar, a Odele e a Isabel filipe ...creio.
Estarei errada??

se forem esses que faltam responder... meu filho agora só amanha e bem lá pela manha dentro.

beijão grande
fica bem

aDesenhar disse...

uma causa de todos nós.
como sempre digo presente
com as armas que melhor sei
utilizar... as IMAGENS

abraço e saúde

Anónimo disse...

Divulgar é um acto essencial, mas deixo duas questões...
Quem será que ainda anda cego, surdo e mudo!? Existe informação mais que suficiente para alertar, mas pelos vistos continuam muitos e muitas a jogar no limite!
Quanto à prostituição, nem comento, pelo simples facto de só existir por ter procura, mas claro a hipocrisisa é a arma empregada... Nunca ninguém foi às meninos nem aos meninos, sim porque agora a cena virou, elas também procuram, sabiam!?
Bom texto, que não seja por falta de divulgação que não se acaba com a cegueira e se mata o bicho.

Branca disse...

Texto muito bom Raúl, pelo alerta, pela informação, por pôr o dedo nas feridas.
Incrível que ainda haja quem arrisque a vida tão estupidamente.
Um beijinho para ti.
Tudo de bom.

Jorge P. Guedes disse...

Era bom que no meio de tanta ignorância ainda patente, se dissesse também:

Como não se pega a SIDA

Por meio de:
- Abraços, carícias ou apertos de mão;
- Sanitários, copos, talheres, roupas ou sabonetes;
- Saliva, suor ou lágrima;
- Picadas de mosquito, pulgas, piolhos, percevejos o outros insectos que possam estar presentes na casa de um portador ou doente de Sida. Os mosquitos não podem transmitir o vírus, pois: 1) sugam sangue e injectam saliva; 2) O HIV morre ao penetrar no organismo destes insectos;
- Piscina ou praia;
- Nos assentos dos transportes públicos, cadeiras, bancos públicos de praças, parques ou hospitais;
- Alimentos;
- Doação de sangue com material descartável.

Saudações.
Jorge G.

Zé do Cão disse...

Entrei agora de rompante e sem bater à porta.Considerei-me sempre um menino bem comportado mas atento ao que se passa à minha volta.
Por afinidades, tomei conhecimento da miséria que graça e desgraça por aí fora. Não lhe vejo fim à vista...
A coisa está feia, muito feia, podem ter a certeza.
Este moço, de coração destroçado, ainda tem coragem para lutar quase ingloriamente contra causas perdidas. Merecia uma estátua, tal é a sua vontade, carinho pelo próximo, carinho que não tiveram com ele. Ingenuamente, decerto acreditou em quem não devia e o destino marcou-lhe a sorte. Mas luta desesperadamente contra o seu mal e luta para que os outros não sejam infectados. Que coração grande ele têm e que nobreza de alma... Rendo-te as minhas homenagens, moço e que estejas muitos, muitos anos na nossa companhia, são os desejos sinceros
do Zé

Pata Negra disse...

Mesmo quando não se relatam coisas boas, é bom podermos aliviar o fôlego e sentirmos que nos estão a oferecer uma boa causa.
Um abraço e pêras