“Testar cedo e cedo começar o tratamento, dá saúde e faz viver”, parece ser a versão actual de um antigo provérbio que referia o deitar e o erguer, e que pode ser aplicado à situação dos infectados pelo HIV.
Um dos grandes problemas da infecção pelo HIV, e que faz com que o número de mortes devido à SIDA ainda seja assustador, é as pessoas serem diagnosticadas demasiado tarde.
Fazem o teste quando o sistema imunitário já está demasiado fragilizado e as doenças oportunistas aparecem e não conseguem recuperar.
A comunidade científica reconhece este facto e os responsáveis pela saúde dos governos também, mas até á presente data nada foi feito para que esta situação fosse resolvida.
Embora aparentemente pareça uma situação relativamente fácil de resolver, pondo à disposição de todos gratuitamente os testes e incentivando as pessoas a fazerem-no, não será certamente a solução.
As pessoas simplesmente têm medo de fazer o teste da SIDA, com receio que o mesmo dê positivo. Enquanto não fizerem o teste mentalmente estão convencidas que são negativas mesmo estando infectadas, e continuam a fazer as suas vidas normais e a infectar parceiros sexuais, aumentando cada vez mais o número de pessoas infectadas. E a bola de neve vai rolando e crescendo sem qualquer controlo.
Se fizermos um balanço entre as vantagens e desvantagens em se saber acerca do nosso estatuto serológico em relação ao HIV, a única vantagem é poder iniciar a terapêutica antes do sistema imunitário estar fragilizado o que vai permitir uma qualidade de vida com saúde durante muitos anos.
As desvantagens essas são muitas e o seu peso faz com que as pessoas só façam o teste quando tem mesmo que ser. O medo da perda do emprego, de amigos, associados à descriminação, exclusão social e estigma de que os infectados são alvo, são as causas aparentes do teste tardio.
Sem uma política eficaz de segurança social e combate ao estigma para os infectados, que lhes permita viverem sem problemas económicos e sem serem apontados como marginais da sociedade nunca a pandemia será travada excepto se for descoberta a cura para a erradicação do vírus.
O número de novos infectados continuará a crescer, mesmo com todas as campanhas de alerta para o perigo das pessoas serem infectadas.
Uma politica de incentivo a empresas que empreguem seropositivos; definir como aptos para o desempenho de actividade laboral por parte dos médicos do trabalho sem revelarem se a pessoa é seropositiva; existirem apoios sociais que permitam uma vida minimamente digna para aqueles que devido a patologias relacionadas não possam trabalhar; consultas, análises e entrega de medicamentos fora dos horários laborais, para evitar faltas ao trabalho, e punir severamente qualquer tipo de descriminação em relação aos infectados são alguns pontos que operariam o milagre na redução de novas infecções.
Falta vontade política para a resolução do problema. Constatar o aumento de infecções através de estudos e mais estudos é apenas a certificação de que algo está errado e é preciso ser corrigido, se genuinamente for essa a vontade dos responsáveis governamentais.
Investir no apoio aos infectados faz parte da solução do problema e pode constituir uma poupança para os cofres do estado, no futuro.
A solução para o problema da SIDA, não pode ser resolvida sem a participação activa dos portadores do vírus. Ignorar esta realidade é continuar a constatar o aumento de novas infecções a cada ano que passa.
Um dos grandes problemas da infecção pelo HIV, e que faz com que o número de mortes devido à SIDA ainda seja assustador, é as pessoas serem diagnosticadas demasiado tarde.
Fazem o teste quando o sistema imunitário já está demasiado fragilizado e as doenças oportunistas aparecem e não conseguem recuperar.
A comunidade científica reconhece este facto e os responsáveis pela saúde dos governos também, mas até á presente data nada foi feito para que esta situação fosse resolvida.
Embora aparentemente pareça uma situação relativamente fácil de resolver, pondo à disposição de todos gratuitamente os testes e incentivando as pessoas a fazerem-no, não será certamente a solução.
As pessoas simplesmente têm medo de fazer o teste da SIDA, com receio que o mesmo dê positivo. Enquanto não fizerem o teste mentalmente estão convencidas que são negativas mesmo estando infectadas, e continuam a fazer as suas vidas normais e a infectar parceiros sexuais, aumentando cada vez mais o número de pessoas infectadas. E a bola de neve vai rolando e crescendo sem qualquer controlo.
Se fizermos um balanço entre as vantagens e desvantagens em se saber acerca do nosso estatuto serológico em relação ao HIV, a única vantagem é poder iniciar a terapêutica antes do sistema imunitário estar fragilizado o que vai permitir uma qualidade de vida com saúde durante muitos anos.
As desvantagens essas são muitas e o seu peso faz com que as pessoas só façam o teste quando tem mesmo que ser. O medo da perda do emprego, de amigos, associados à descriminação, exclusão social e estigma de que os infectados são alvo, são as causas aparentes do teste tardio.
Sem uma política eficaz de segurança social e combate ao estigma para os infectados, que lhes permita viverem sem problemas económicos e sem serem apontados como marginais da sociedade nunca a pandemia será travada excepto se for descoberta a cura para a erradicação do vírus.
O número de novos infectados continuará a crescer, mesmo com todas as campanhas de alerta para o perigo das pessoas serem infectadas.
Uma politica de incentivo a empresas que empreguem seropositivos; definir como aptos para o desempenho de actividade laboral por parte dos médicos do trabalho sem revelarem se a pessoa é seropositiva; existirem apoios sociais que permitam uma vida minimamente digna para aqueles que devido a patologias relacionadas não possam trabalhar; consultas, análises e entrega de medicamentos fora dos horários laborais, para evitar faltas ao trabalho, e punir severamente qualquer tipo de descriminação em relação aos infectados são alguns pontos que operariam o milagre na redução de novas infecções.
Falta vontade política para a resolução do problema. Constatar o aumento de infecções através de estudos e mais estudos é apenas a certificação de que algo está errado e é preciso ser corrigido, se genuinamente for essa a vontade dos responsáveis governamentais.
Investir no apoio aos infectados faz parte da solução do problema e pode constituir uma poupança para os cofres do estado, no futuro.
A solução para o problema da SIDA, não pode ser resolvida sem a participação activa dos portadores do vírus. Ignorar esta realidade é continuar a constatar o aumento de novas infecções a cada ano que passa.
3 comentários:
Adiei por muitos anos o teste. Quando o resolvi efectuar, tinha já uma grande parte do sistema imunitário destruído, o que de certa forma não deixa de ser irreversivel. Façam o teste já! A detecção precoce permite viver mais e melhor.
Queria apenas colocar uma questão
Nao estou a ser medicado ja vai para 2 anos desde q sei que estou infetado.
Continuo com boas defesas CD4 e Carga viral baixa ainda.
Sinto-me mais livre sem a obrigação da medicação, sinto-me bem de saude.
É importante sabermos o nosso estado clinico mas é realmente importante iniciar obrigatoriamente a medicação apos sabermos que estamos infectados? Mesmo que os resultados sejam sempre como os meus tem dado relativamente bons?
Tenho lido varias e varias opiniões e por vezes fico confuso, da mesma forma que fico aliviado por ainda nao a tomar por vezes dou comigo a pensar que talvez deveria estar a tomar.
Obrigado e continuação do bom blog. util e esclarecedor, funcional e verbal...
Não fiques confuso, nem te preocupes.O médico que segue a evolução da tua infecção saberá quando será a altura certa para iniciares a medicação.
Os medicamentos são um mal necessário,para evitar a degradação e colapso do sistema imunitário.Não precisar deles durante um largo periodo de tempo é óptimo.Espero que o teu organismo continue a combater a infecção eficazmente por muito tempo.Um abraço
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