NNRTI,s no tratamento do HIV2 ???

Acho que deveria ser promulgada uma lei, em que fosse proibido aos doentes de HIV aprenderem sobre a infecção, tratamentos e outros assuntos relacionados. A pena a aplicar deveria ser sempre de alguns anos de hospedagem num dos estabelecimentos prisionais adaptado para esse terrível crime.
Só deveria ser permitido ou melhor ainda, obrigatório usar o preservativo, para parar o alastramento da pandemia.
Não deveria haver informação na Internet ou melhor esta ser só acessível aos médicos e profissionais de saúde. Livros sérios sobre a problemática, e estudos efectuados bem como o acesso (embora restrito, mas isso é para todos) a medicamentos em desenvolvimento deveria ser interdito a doentes.
Os doentes deveriam obrigatoriamente usar um chapéu modelo “Salazar” (muito em moda na época, 50 a 70 do século passado em Portugal) que os protegia do sol para não ficarem doentinhos e que em locais de sombra deveria ser encostado ao peito para que o mesmo fosse um acessório nos rituais de respeito em que se faz uma vénia ao sr. Doutor, que é o iluminado e detentor de toda a sabedoria.
O sarcasmo nas frases anteriormente escritas, parece-me ser o que muita gente gostava, mas que não tem coragem de o afirmar abertamente.
Sinais camuflados de que isto é uma realidade vão aparecendo e o cartaz do PNR sobre a imigração é um desses sinais. A culpa do alastramento da Sida, e de outros males é dos imigrantes que vêm para cá, mesmo que se prove que a grande maioria foi infectada em Portugal. Acusar e lançar a culpa para cima dos outros parece ser a maneira mais fácil de resolvermos os nossos problemas.
Avançando no texto, mesmo sem perceber se parte do meu povo pensa que ainda está vivendo no regime salazarista, ou se tem saudades e quer voltar ao antigamente, vou relatar um episódio que me chocou como infectado e como criminoso que vou lendo umas coisas e vou aprendendo acerca da infecção pelo HIV.
Um doente infectado com o HIV2, cujo estado de saúde evoluiu rapidamente o que não é normal, está a tomar medicação prescrita por um médico que presta serviço num hospital português, da qual faz parte um NNITR.
Note-se que é HIV2 e não HIV1 e os não nucleósidos não têm qualquer efeito no combate ao HIV2. Se não têm qualquer efeito benéfico porque razão lhe foi prescrita esta terapêutica?
Bom eu não sou médico, mas ou me explicam o porquê desta medicação ou sou levado a pensar que o médico que a receitou não está habilitado a tratar doentes com SIDA.
Se calhar, o melhor que tenho a fazer é comprar um chapéu e com ele fazer vénias aos “Senhores da Terra”, em acto de respeito, ou serei acusado de escrever sobre assuntos graves, procurando sentir-me importante e procurando protagonismo.
Como não gosto de usar chapéu, nem de fazer vénias, decidi publicar este post na esperança de que algum médico qualificado em HIV o venha a ler e possa fazer um comentário sobre o mesmo.

1 comentário:

Inezoca disse...

Há uma coisa que me irrita profndamente em muitossss médicos: qauele ar displicente e complacente com que falam connosco, ou em oposição, aquele ar tipo estou-acima-da-raça-humana com que tratam alguns doentes. Não suporto isso, ou a falta de respeito, ou ainda mexe comigo profundamente o vício das enfermeiras (deve ser de todas as escolas) de falarem aos berros como se fossemos senis e dizerem coisas do tipo como estamos hoje? Passo-me. Recuso-me tambéma esperar por um médico seja ele quem for mais de 15 minutos. E se for particular, minha tolerância diminiu. Já esperei meses por consulta que precisava e minuos para vir embora. Pareço arrogante e, se calhar sou, mas eles é que estão no mundo para nos servir e não nos fazem favor nenhum.