Às vezes fico a pensar, na razão porque as pessoas têm a tendência para marginalizar e discriminar outras, e se em alguns casos essa discriminação possa ter fundamentos baseados no medo e na protecção pessoal, em que esse acto possa aparentemente servir de escudo protector, há casos em que a mesma serve unicamente como show, simplesmente para se mostrarem.
Hoje verifiquei um desses casos, num café onde e quase religiosamente todos os dias tomo a minha bica matinal, enquanto vou acordando que é um processo que para mim leva algum tempo.
Mas para que compreendam a história vou recuar uns meses atrás, e no mesmo café umas senhoras que também são clientes frequentes e que estavam a duas mesas de distância da minha, implicaram comigo por causa do fumo do tabaco. O espaço era considerável e achei que não incomodava ninguém como mais tarde vim a constatar.
Tiveram azar que eu estava naqueles dias de inspiração e pronto para o combate e ripostei eloquentemente, culpando o estado português de me pegar o vicio durante a guerra colonial em que davam cigarros aos combatentes e os vendiam a preços irrisórios. Adiantei que enquanto eu estava arriscando a minha vida elas andavam a roçar as conas nos cafés em completa paz, metendo pelo meio outros argumentos que fizeram com que elas se sentissem com vontade de se meter num buraco se ele existisse.
Remédio santo nunca mais implicaram comigo, e como fumo cigarros de enrolar (por serem mais baratos) agora até dizem que o meu tabaco não cheira e não incomoda nada e algumas vezes até se vêm sentar na minha mesa para puxarem alguma conversa e se deliciarem com o meu fumo bem cheiroso.
Hoje estava sentada numa mesa perto de mim uma senhora ainda jovem, com aspecto distinto a fumar o seu cigarro enquanto bebia a bica, possivelmente fazendo tempo para ir para o seu trabalho. Uma das tais senhoras, clientes usuais e que no passado tinha implicado comigo, levantou-se com o seu galão e torrada e veio para a minha mesa pedindo permissão para tal. Eu estava a fumar e alertei-a para o facto de estar muito mais perto do meu fumo do que da outra senhora. Respondeu-me que não tinha importância, o meu fumo até era agradável o meu tabaco não cheira, mas que o daquela ali ao lado era insuportável e que não podia com o cheiro.
Continuei a fumar e olhando para a jovem senhora na outra mesa, que continuava a fumar cruzámos o olhar e esbocei um sorriso que foi retribuído.
Um dia destes quando uma das senhoras vier sentar-se na minha mesa vou tentar dar uma bufa daquelas mal cheirosas, pois penso que possivelmente e sem saber os meus peidos também cheiram bem para aqueles narizes, e como gosto de ser agradável um dia destes estarei a escrever sobre a nova linha de perfumes peidais.
Em relação ao HIV e à SIDA, e a toda a discriminação envolvente, as coisas estão a mudar e em breve ser Sidoso é Chiquérrimo. Acreditem ou não conheço já alguns casos de pessoas que procuram ter sexo com seropositivos, tendo até assistido a conversas em chat entre duas jovens mulheres, sobre esse prazer sublime.
É difícil entender a espécie humana, e o que vai nas mentes de cada um, mas não deixa de ser pitoresco apreciar cenas do dia a dia.
Hoje verifiquei um desses casos, num café onde e quase religiosamente todos os dias tomo a minha bica matinal, enquanto vou acordando que é um processo que para mim leva algum tempo.
Mas para que compreendam a história vou recuar uns meses atrás, e no mesmo café umas senhoras que também são clientes frequentes e que estavam a duas mesas de distância da minha, implicaram comigo por causa do fumo do tabaco. O espaço era considerável e achei que não incomodava ninguém como mais tarde vim a constatar.
Tiveram azar que eu estava naqueles dias de inspiração e pronto para o combate e ripostei eloquentemente, culpando o estado português de me pegar o vicio durante a guerra colonial em que davam cigarros aos combatentes e os vendiam a preços irrisórios. Adiantei que enquanto eu estava arriscando a minha vida elas andavam a roçar as conas nos cafés em completa paz, metendo pelo meio outros argumentos que fizeram com que elas se sentissem com vontade de se meter num buraco se ele existisse.
Remédio santo nunca mais implicaram comigo, e como fumo cigarros de enrolar (por serem mais baratos) agora até dizem que o meu tabaco não cheira e não incomoda nada e algumas vezes até se vêm sentar na minha mesa para puxarem alguma conversa e se deliciarem com o meu fumo bem cheiroso.
Hoje estava sentada numa mesa perto de mim uma senhora ainda jovem, com aspecto distinto a fumar o seu cigarro enquanto bebia a bica, possivelmente fazendo tempo para ir para o seu trabalho. Uma das tais senhoras, clientes usuais e que no passado tinha implicado comigo, levantou-se com o seu galão e torrada e veio para a minha mesa pedindo permissão para tal. Eu estava a fumar e alertei-a para o facto de estar muito mais perto do meu fumo do que da outra senhora. Respondeu-me que não tinha importância, o meu fumo até era agradável o meu tabaco não cheira, mas que o daquela ali ao lado era insuportável e que não podia com o cheiro.
Continuei a fumar e olhando para a jovem senhora na outra mesa, que continuava a fumar cruzámos o olhar e esbocei um sorriso que foi retribuído.
Um dia destes quando uma das senhoras vier sentar-se na minha mesa vou tentar dar uma bufa daquelas mal cheirosas, pois penso que possivelmente e sem saber os meus peidos também cheiram bem para aqueles narizes, e como gosto de ser agradável um dia destes estarei a escrever sobre a nova linha de perfumes peidais.
Em relação ao HIV e à SIDA, e a toda a discriminação envolvente, as coisas estão a mudar e em breve ser Sidoso é Chiquérrimo. Acreditem ou não conheço já alguns casos de pessoas que procuram ter sexo com seropositivos, tendo até assistido a conversas em chat entre duas jovens mulheres, sobre esse prazer sublime.
É difícil entender a espécie humana, e o que vai nas mentes de cada um, mas não deixa de ser pitoresco apreciar cenas do dia a dia.
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