Sem grande destaque, nos meios de comunicação social, pelo menos apareceu no noticiário da Televisão Pública o caso da Idalina , e a manifestação levada a cabo pelos pais das crianças que frequentam um jardim de infância de Stª Maria da Feira.
Idalina é seropositiva, tem dois filhos menores, um deles deficiente e também infectado com o HIV. É honesta e não esconde o seu passado de toxico dependência , nem que está infectada com o vírus da Sida. Quer lutar pela sua subsistência e criar os seus filhos e conseguiu emprego como tarefeira no jardim de infância. Ao que parece faz mais trabalho do que aquele que lhe é exigido como tarefeira, pois quer sentir-se útil e tem ajudado a cuidar das crianças que lá estão. É aqui que começa o grande problema e os pais exigem que ela saia do infantário ou as crianças não vão mais á creche. Os seus filhos eram as duas únicas crianças que ontem estavam no jardim escola, e há cerca de um ano foram precisos psicólogos e pessoal técnico para convencer os pais , (que na altura exigiam a expulsão dos filhos de Idalina) de que não havia perigo algum, tendo explicado convenientemente os meios de como a infecção era transmitida.
Um pai dizia à reportagem que não era discriminação, mas que ela simplesmente não tinha qualificações para ocupar o (alto) cargo de tarefeira. A seguir uma mãe dizia que ela devia usar sempre luvas de borracha.
A responsável, pela instituição disse que ela não iria ser despedida e que iria continuar como tarefeira. Claro que não poderia dizer outra coisa, estava frente ás câmaras de televisão e sabia perfeitamente o impacto que declarações menos oportunas poderiam ter.
A pergunta que fica no ar é como vai ser o futuro de Idalina (se não for despedida) e se ela vai aguentar a pressão nos trabalhos que futuramente lhe irão distribuir.
Os senhores pais, não estão livres de contraírem o vírus numa qualquer aventura extra matrimonial e se isso acontecesse, iriam entregar os seus filhos a uma qualquer instituição por acharem ser um perigo para os seus próprios filhos?
Idalina é seropositiva, tem dois filhos menores, um deles deficiente e também infectado com o HIV. É honesta e não esconde o seu passado de toxico dependência , nem que está infectada com o vírus da Sida. Quer lutar pela sua subsistência e criar os seus filhos e conseguiu emprego como tarefeira no jardim de infância. Ao que parece faz mais trabalho do que aquele que lhe é exigido como tarefeira, pois quer sentir-se útil e tem ajudado a cuidar das crianças que lá estão. É aqui que começa o grande problema e os pais exigem que ela saia do infantário ou as crianças não vão mais á creche. Os seus filhos eram as duas únicas crianças que ontem estavam no jardim escola, e há cerca de um ano foram precisos psicólogos e pessoal técnico para convencer os pais , (que na altura exigiam a expulsão dos filhos de Idalina) de que não havia perigo algum, tendo explicado convenientemente os meios de como a infecção era transmitida.
Um pai dizia à reportagem que não era discriminação, mas que ela simplesmente não tinha qualificações para ocupar o (alto) cargo de tarefeira. A seguir uma mãe dizia que ela devia usar sempre luvas de borracha.
A responsável, pela instituição disse que ela não iria ser despedida e que iria continuar como tarefeira. Claro que não poderia dizer outra coisa, estava frente ás câmaras de televisão e sabia perfeitamente o impacto que declarações menos oportunas poderiam ter.
A pergunta que fica no ar é como vai ser o futuro de Idalina (se não for despedida) e se ela vai aguentar a pressão nos trabalhos que futuramente lhe irão distribuir.
Os senhores pais, não estão livres de contraírem o vírus numa qualquer aventura extra matrimonial e se isso acontecesse, iriam entregar os seus filhos a uma qualquer instituição por acharem ser um perigo para os seus próprios filhos?
Até quando esses pais vão continuar a dizer impunemente que não discriminam, nem estigmatizam os portadores de HIV, arranjando desculpas de falta de qualificação para se livrarem de alguém que é útil com o seu trabalho, que não quer ser mais uma excluída social, mas que tem no seu cadastro o rótulo: “SIDOSA”
7 comentários:
Pois e triste que ainda acontecam dessas situacoes mas mesmo dum pais como America isso existe , e desculpem la alguma coisita dou valor a quem luta contra estas situacoes mas sempre vai ser assim .
Nunca vamos ter um estatuto como um diabeto
Al-Kapone
Eu antes tb nao escondia minha situacao de extoxico nem de sero+ mas agora sim escondo , nao escondo somente nao a divulgo nem comento , nao por mim mas por minha familia eles me pediram
Al-kapone
Eu não escondo que a minha filha é seropositiva. Escondi no Colégio que frequentou o ano passado porque era de grande impacto social, mas não adiantou de muito pois no local onde trabalho, perto da instituição, toda a gente sabe e tenho quase a certeza, por alguns elementos que, estranhamente, me passaram ser pedidos, que acabou por se saber. Nunca me disseram nada por causa da profissão que exerço mas eu optei por tirá-la de lá com medo que ela sofresse represálias e tb porque havia variadas coisas que não gostava de lá. Este ano encontrei um infantário que adorei e disse que a minha filha era tinha sido concebido, biologicamente, por uma seropositiva mas que tinha negativado. Não é este o termo exacto mas existem vários médicos que não distinguem entre ter negativado e estar indetectavel portanto achei que não fazia grande diferença. Disse-lhe que ela tomava retrovirais portanto a directora só não tem pleno conhecimento do estado de saúde da minha filha, se não quiser. Foi o melhor que eu fiz porque na reunião de pais encontrei um casal, que também tem lá os filhos e que sabem do problema de saúde dela. No ano passado andava em constante sobressalto que a verdade se soubesse e do que poderia acontecer à miúda. Este ano encontro-me bem mais tranquila.
Um dia, se o Ruru me disponibilizar espaço e quando eu tiver tempo para isso, escrevo um post acerca da adopção de uma criança seropositiva.
Vegana
Claro que ninguém vai publicitar a sua condição de seropositivo, mas estou a ver que não basta ,o rótulo é muito forte e a discriminação continua. Temos de esconder, mentir e arranjar artimanhas se não quisermos ser olhados de lado como marginais.
O estigma começa na procura de um emprego e aí eles alegam que não foi discriminação,que encontraram alguém com mais condições para ocupar a vaga e as pessoas até aceitam por não ter argumentos ou por acharem que não vale a pena argumentar. Os governos ocupam demais as associações na sua luta para pelo menos manterem os retrovirais e consultas gratuitos, não lhes deixando espaço nem tempo para lutarem pelos casos diários de discriminação.
Grande general Al-Kapone bem vindo ao sidadania.
Um abraço do Watcher
Alô Vegana e bem vinda ao Sidadania.
O espaço está á tua disposição para escreveres no blog, bastando para isso escreveres o texto e enviá-lo por e-mail para o endereço do blog.Eu terei imenso gosto em publicá-lo e o teu caso é lindo e digno de ser aqui publicado.
Fico imensamente feliz por constatar que os indesejados e expulsos do aidsportugal,se estão a agrupar de novo. Um beijo grande e é bom ouvir-te de novo por aqui.
Watcher (versão Ru2x)
É inacreditavel como a esta altura se assiste a uma imensa ignorância da sociedade.
Infelizmente é nela que temos que aprender a viver....Eu opto por não revelar o que não é relevante para o fim pretendido. Trabalho...Colegas...Escola do filho...Professores do filho...Estes e muitos mais....Que têm eles a ver com isso...Se sou ou deixo de ser...O que fui ou o que fiz.....Se são ignorantes....Então que se mantenham na ignorância.
Segundo eu sei aki a Idalina ja teve progressos e negativos , a sero+ continua muito lindo e nas novelas ainda agora acabei de ver uma bairro da fonte e tudo muito lindo
alkapone
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