Brasil - Um exemplo a seguir


Mais de 125.000 infectados no Brazil, estão recebendo tratamento retroviral (tri-terapia) a um custo inferior a € 2.000 ano por doente, comparado com os custos de tratamento das nações desenvolvidas que se situa entre dez a vinte mil euros por doente/ano. Isto só é possível devido ao programa de fabrico de genéricos que começou em 1997.
Numa altura em que no nosso país, o governo quer travar os gastos com a saúde seria muito bom seguirmos o exemplo do Brasil e não nos queixarmos constantemente da escalada de preços cobrados pelos laboratórios que fabricam os medicamentos.
Até quando os responsáveis dos governos do mundo vão permitir que as patentes dos medicamentos sejam alargadas até vinte anos, quando estes produtos são essenciais para salvar vidas humanas ? Até certo ponto haveria justificação se os lucros estivessem a ser investidos na sua maior parte na investigação cientifica e na procura de novos medicamentos que pudessem vir a erradicar o vírus, mas infelizmente não é isso que acontece e actualmente gasta-se mais dinheiro desses lucros em salários milionários aos administradores das empresas farmacêuticas e em publicidade aos produtos que comercializam do que na investigação.
Claro que qualquer empresa quer lucros, mas esses lucros têm limites especialmente quando estamos a tratar de produtos de suporte de vidas humanas.
Valores morais e humanitários, são desprezados a favor de uma caça desenfreada aos milhões de Dólares, Euros e outras moedas.
É a escravatura do século vinte e um , disfarçada pelo poder do dinheiro.
Parabéns Brasil, por terem dado a carta de alforria aos medicamentos tão necessários.
Acho mesmo que os governos do mundo deveriam seguir o vosso exemplo.
Até quando vamos permitir que os países mais pobres e em desenvolvimento deixem morrer os seus filhos por não terem capacidade económica para os tratar?
Até quando os países remediados vão asfixiar as suas economias para poderem tratar os seus cidadãos ?
Eu sei que dizer aos todos poderosos para terem vergonha não vai adiantar e possivelmente vergonha e respeito pela humanidade são palavras que não existem nos seus vocabulários, mas se todos os países ou a maioria se unirem nesta luta, podemos ter a certeza que o mundo será muito melhor e milhões de ser humanos continuarão a viver e a ser felizes.
O Brasil deverá ser o “blue-print” das atitudes a tomar por todos os países numa guerra aberta contra a selvajaria dos lucros milionários.
Vamos ser abolicionistas e acabar com a neo-escravatura do século XXI

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