Mais um encontro europeu em que estive presente, desta vez para a apresentação de um medicamento, pertencente a uma nova classe de fármacos chamada Inibidores de Integrase, para o combate à infecção pelo HIV.
A integrase tem como função permitir que o ADN viral se transforme em ADN humano e assim permitir que o vírus possa usar toda a maquinaria genética das células que infecta para se poder reproduzir e assim prosseguir a sua tarefa de destruição do sistema imunitário.
Se o genoma do HIV não conseguir integrar-se no ADN das células, não conseguirá desencadear a replicação de novas partículas virais infecciosas e assim inibindo a integração logo está-se a evitar a propagação da infecção viral.
Quando se iniciaram as novas estratégias de combate ao vírus, com medicamentos diferentes dos iniciais inibidores de transcriptase reversa e inibidores de protease, uma nova esperança começou a desenhar-se na mente dos mais cépticos, que achavam que o vírus podia ser controlado mas não totalmente eliminado. Certo é que os inibidores de fusão e mais recentemente os bloqueadores dos co-receptores ccr5 e cxcr4, não são a solução para o problema mas foram um passo em frente no combate à infecção. As novas infecções pelo HIV, com vírus resistentes a vários medicamentos constitui um desafio à investigação científica, que vai dando passos em frente com novas moléculas que vão fazendo com que os doentes sem esperança tenham mais uma oportunidade de sobrevivência.
Não é comum entusiasmar-me muito com o lançamento de novos medicamentos, e penso para mim mesmo que são apenas balões de oxigénio para este ou para aquele tipo de resistências, que logo mais deixarão de ser eficazes por o vírus sofrer novas mutações. Contudo reconheço que ultimamente, e desde o lançamento dos bloqueadores de CCR5 , com o advento do Maraviroc comecei a ter alguma esperança. Essa esperança baseia-se numa nova abordagem no combate ao vírus antes de este infectar a célula hospedeira, e porque acredito que o combate intra-celular está mais do que estudado, e que as únicas vantagens que daí poderão vir, serão apenas medicamentos menos tóxicos (o que já por si é uma vantagem) com possibilidades de um aumento da barreira genética que os poderá tornar eficazes para mais uma ou duas resistências.
Este novo medicamento, de nome Raltegravir, impressionou-me não só pelos dados apresentados pelos investigadores baseados em estudos clínicos, mas também pelo contacto que tive com pessoas que já o estão a tomar. Um infectado que conseguiu obtê-lo através de uma AUE (Autorização de Utilização Especial), dizia-me: -A minha carga viral em 3 semanas baixou 4 logs.
Como não há bela sem senão um dos problemas, é o seu preço e as administrações hospitalares, mesmo em casos de necessidade de uma terapêutica de resgate vão dificultar o acesso ao medicamento. Disse-me um dos representantes da farmacêutica que em Portugal já está a ser utilizado em cerca de cem pacientes, que não têm outras opções farmacológicas. Questionado acerca do preço (23 ou 26 Euros por dose, não estou certo) disse-me que há muitos anos que estão em investigação tentando estabilizar a molécula e que os preços da investigação foram altíssimos. Uma vida não tem preço, e embora seja contra a exploração por parte das farmacêuticas no preço de medicamentos essenciais à vida, estou certo que os governos negoceiam os preços e que vão buscar nos impostos sobre esses medicamentos um desconto muito significativo, pelo que o preço do medicamento não se torna incomportável.
Contudo em breve novas moléculas vão aparecendo e a concorrência entre farmacêuticas fará automaticamente baixar os preços.
Os inibidores de Integrase chegaram, e com eles novas descobertas que deixam em aberto o desenvolvimento de novos medicamentos cada vez mais eficazes. Parece ver-se uma luz ténue ao fundo do túnel que poderá conduzir à produção de uma vacina eficaz, isto se o senhor HIV, não arranjar uma nova forma de baralhar os investigadores como sempre tem acontecido até aos dias de hoje.
A integrase tem como função permitir que o ADN viral se transforme em ADN humano e assim permitir que o vírus possa usar toda a maquinaria genética das células que infecta para se poder reproduzir e assim prosseguir a sua tarefa de destruição do sistema imunitário.
Se o genoma do HIV não conseguir integrar-se no ADN das células, não conseguirá desencadear a replicação de novas partículas virais infecciosas e assim inibindo a integração logo está-se a evitar a propagação da infecção viral.
Quando se iniciaram as novas estratégias de combate ao vírus, com medicamentos diferentes dos iniciais inibidores de transcriptase reversa e inibidores de protease, uma nova esperança começou a desenhar-se na mente dos mais cépticos, que achavam que o vírus podia ser controlado mas não totalmente eliminado. Certo é que os inibidores de fusão e mais recentemente os bloqueadores dos co-receptores ccr5 e cxcr4, não são a solução para o problema mas foram um passo em frente no combate à infecção. As novas infecções pelo HIV, com vírus resistentes a vários medicamentos constitui um desafio à investigação científica, que vai dando passos em frente com novas moléculas que vão fazendo com que os doentes sem esperança tenham mais uma oportunidade de sobrevivência.
Não é comum entusiasmar-me muito com o lançamento de novos medicamentos, e penso para mim mesmo que são apenas balões de oxigénio para este ou para aquele tipo de resistências, que logo mais deixarão de ser eficazes por o vírus sofrer novas mutações. Contudo reconheço que ultimamente, e desde o lançamento dos bloqueadores de CCR5 , com o advento do Maraviroc comecei a ter alguma esperança. Essa esperança baseia-se numa nova abordagem no combate ao vírus antes de este infectar a célula hospedeira, e porque acredito que o combate intra-celular está mais do que estudado, e que as únicas vantagens que daí poderão vir, serão apenas medicamentos menos tóxicos (o que já por si é uma vantagem) com possibilidades de um aumento da barreira genética que os poderá tornar eficazes para mais uma ou duas resistências.
Este novo medicamento, de nome Raltegravir, impressionou-me não só pelos dados apresentados pelos investigadores baseados em estudos clínicos, mas também pelo contacto que tive com pessoas que já o estão a tomar. Um infectado que conseguiu obtê-lo através de uma AUE (Autorização de Utilização Especial), dizia-me: -A minha carga viral em 3 semanas baixou 4 logs.
Como não há bela sem senão um dos problemas, é o seu preço e as administrações hospitalares, mesmo em casos de necessidade de uma terapêutica de resgate vão dificultar o acesso ao medicamento. Disse-me um dos representantes da farmacêutica que em Portugal já está a ser utilizado em cerca de cem pacientes, que não têm outras opções farmacológicas. Questionado acerca do preço (23 ou 26 Euros por dose, não estou certo) disse-me que há muitos anos que estão em investigação tentando estabilizar a molécula e que os preços da investigação foram altíssimos. Uma vida não tem preço, e embora seja contra a exploração por parte das farmacêuticas no preço de medicamentos essenciais à vida, estou certo que os governos negoceiam os preços e que vão buscar nos impostos sobre esses medicamentos um desconto muito significativo, pelo que o preço do medicamento não se torna incomportável.
Contudo em breve novas moléculas vão aparecendo e a concorrência entre farmacêuticas fará automaticamente baixar os preços.
Os inibidores de Integrase chegaram, e com eles novas descobertas que deixam em aberto o desenvolvimento de novos medicamentos cada vez mais eficazes. Parece ver-se uma luz ténue ao fundo do túnel que poderá conduzir à produção de uma vacina eficaz, isto se o senhor HIV, não arranjar uma nova forma de baralhar os investigadores como sempre tem acontecido até aos dias de hoje.
37 comentários:
Raul, Lidia e todos os leitores do Sidadania
Encontro-me em Italia, em Roma, mas nao pude deixar de passar pelo Sidadania.
Folgo em saber, que o mesmo se encontra de boa saude, assim como eu me encontro bem.
Muito brevemente estarei de volta, ansioso pelos Vossos abracos.
Cumprimentos para todos e... ate ja.
Raul, meu grande amigo
homem de grande afeição
vou comemorar contigo
se for esta a salvação.
Mas se não for, há-de vir
outra cura concerteza
eu acredito na vida
e no homem que se preza.
Por isso o Sidadania
é local onde me assento
com pouca sabedoria
mas muito amor cá por dentro.
Boris
Gostei imenso do teu poema, mas infelizmente ainda não é caso para comemorar. No entanto tudo o que de novo apareça em questão de medicação eficaz para aqueles que estão em falência terapêutica, e para os quais tomar ou não tomar os medicamentos que deixaram de fazer efeito tanto lhes faz é sempre uma esperança renovada. A cura definitiva vai aparecer, só que não com a brevidade que todos desejamos.Um abraço
Paulo
KÁTESPERO e que venhas inteirinho.
Não sei se a audiência com o Papa foi um sucesso, mas estamos prontos para publicar as fotos com ele a beijar-te a mão, pedindo perdão pelo mal que tem feito àqueles que foram infectados por não usarem o preservativo seguindo a sua doutrina.Um abraço e um beijo pois por essas bandas é comum os amigos beijarem-se :)
Raúl, que texto !!!
Sempre muito bem estruturado, escrito e pensado, como são em regra os textos que escreve. Mas também formativo e informativo.
Já percebi que não será uma cura, mas é um medicamento com potencialidades muito positivas e sem dúvida reanimou a esperança.
Eu acredito que a descoberta de uma vacina eficaz não estará para longe. Acredito mesmo.
Suscita muito bem também o problema dos custos que no nosso País é de dimensão considerável: tratar-se do que quer que seja em Portugal, nos dias de hoje, não está fácil.
Há um caminho longo ainda de luta a percorrer, mas gostei de sentir em alta a sua disposição.
Essa ao Papa no comentário anterior está de mais : menino maroto, o menino Raúl.
É adorável quando revela o seu sentido de humor. Inegualável!
Um beijinho muito amigo
da
Maria
Maria
Nós vamos acreditando, mas a grande necessidade de uma vacina seja ela terapêutica ou preventiva, depois de tantas tentativas e consequentes falhanços,faz com que o desespero se manifeste em nossas mentes.
Talvez não seja humor quando eu me refiro ao Papa, mas sim uma revolta sentida pelas atrocidades cometidas pela igreja contra a humanidade durante séculos. Tem acontecido pedirem perdão pelo comportamento do passado,mas o certo é que continuam com atitudes que não são aceitáveis face à ciência e que levam a danos irreparáveis e possivel morte dos seus seguidores. Às vezes tenho algum receio em me manifestar,por poder ferir susceptibilidades naqueles que são seguidores de uma de uma doutrina justa,a qual está
deturpada pelos homens que conduzem os destinos da igreja.
Este novo medicamento ainda não é a solução,para o HIV, mas como diz o povo, enquanto o pau vai e vem folgam as costas.
Beijos
Meu querido Raúl,
Compreendo bem a indignação pela atitude da Igreja Católica nesta , como em outras matérias. Totalmente desfasada da realidade dos dias presentes, a história da Igreja é uma luta para "prender" as pessoas a tradições que a própria Igreja através dos seus membros mais proeminentes quebra e cuja motivação nunca pondera ou questiona.
Mas, cá para nós : quem segue a Igreja neste domínio ?
É que a ser verdade que alguém segue, a rejeição do preservativo só decorre da opção prévia de abstinência total, salvo para procriação ...
:-)
Um dia feliz !
Beijinhos muito amigos
Maria
Raul,
boa notícica, apenas fiquei triste com o preço e com o fato de que provavelmente o preço continuará muito alto devido a falta de concorrência, fico feliz em saber que estás bem e de saber que há sempre um luz no fim do túnel, como tu mesmo disseres aqui, espero que essa luz no fim do túnel seja um sol, de uma linda praia, bem cheia de belas arvores em torno dela e com belos rochedos, areia branquinha e que todos nós que de certa forma, portadores ou não comemoraremos pelo que está vindo e que chegará um dia e será comemorado com muita festa que é a cura para o HIV, pense assim amigo Raul, quase todo tipo de doenças conseguiram encontrar vacinas ou um modo de retardar ao máximo os sintomas das mesmas, o HIV de certa forma, ponto de vista ciêntifico é um virus novo e assim como tantos outros, ainda está a ser estudado, mas concerteza assim como uma gripe, daqui alguns anos estaremos tomando vacina de ano em ano pra não correr o risco de pegar HIV ou tomando medicamentos baratos para curá-lo, sonho que isso pode acontecer, agora espero que os responsáveis por isso saibam o que estão fazendo, creio eu que o mais importante é se prevenir, espero que o Papa também aprenda isso e também as levas de ignorantes que não respeitam quem tem o HIV e mesmo assim se acham imúnes a tudo, não se cuidam e acabam morrendo por causa de doenças bem mais complexas ou mesmo tornando-se portadoras da mesma.
Abraço pra tí Raul e também ao Paulo e a Lídia.Torço por nós, a cura para o HIV pra quem hoje precisa da mesma e pela cura da alma humana que infelizmente está bem mais infectada.
naosejaapenasmaisumamarionete.blogspot.com
Arnaldo
No que diz respeito aos medicamentos, as noticias nunca são totalmente boas, mas vão deixando alguma esperança. O que realmente me apraz registar são novas maneiras de ver a infecção pelo HIV e elaborar novos métodos de combate ao virus.Delfraissy, um cientista francês concluiu que o problema da SIDA não é virológico mas sim imunológico. A ser verdade, toda a estratégia actual de combate ao virus cairá por terra, e passará para o campo de fortalecer e modificar o sistema imunitário fazendo com que os linfócitos assassimos T cd8,destruam rápidamente as células CD4 infectadas pelo virus.Encontrar os marcadores genéticos no genoma destas células, poderá levar à erradicação da doença, ou pelo menos a fazer com que esta não se desenvolva.O danado do virus é matreiro, e quando se pensa que encontrámos a solução para o eliminar, ela está algures no lado oposto ao que foi estudado.O Calcanhar de Aquiles do virus,um dia vai ser descoberto certamente.
Raul,
Mesmo sendo cautelosos - e há que sermos - com o que de novo vemos surgir com relação à cura do HIV, considero muito positivo que ainda assim tenhamos esperança. A esperança meu amigo, mesmo que ténue, é uma mola propulsora e muitas vezes é o que nos resta. Sem a esperança, nosso viver fica mais difícil. O teu, o meu, o nosso viver. Enquanto as pesquisas progridem, enquanto a cura não chega, aguente firme Raul, força, e acima de tudo tenha, ESPERANÇA!.
Um beijo.
Que essa luz ténue se torne chama fulgurante!
Feliz fim de semana.
Raul
Adoro pessoas com sentido de humor e espírito crítico. Já no comentário do post anterior fiquei deliciada a imaginar-te (apesar de não saber como és), com um pijama vermelho com o autocolante de Super Raul, a voares pelos céus de SIDÁPOLIS.
Agora esta do Papa tem também muita piada.
Porém, Raul,eu entendo perfeitamente o Paulo porque há sempre na nossa vida acontecimentos que nos levam a fazer o impensável, desde promessas a loucuras. Tenho o máximo de respeito por isso e sou profundamente solidária com as pessoas que sofrem e precisam de acreditar.
Aliás, embora não seja religiosa nem isotérica, acredito incondicionalmente no poder da mente e na capacidade de regeneração que esse poder proporciona. Continuamos a não saber exactamente do que é que o cérebro é capaz mas muitas pessoas conseguem antever acontecimentos e são objecto de fenómenos telepáticos ainda não de todo explicados à luz da ciência.
Muitos médicos e cientistas, nomeadamente o falecido Gentil Martins do IPO, afirmam que as pessoas que venceram as doenças foram as que acreditaram que o conseguiriam. Tenho pois um enorme respeito por isso e considero ser de primordial importância desenvolver, nos doentes, um pensamento positivo não só como consolação à mágoa que os mina mas também como forma de combate à doença do ponto de vista físico. Conheci,ao longo da minha vida, pelo menos três milagres em pessoas que lutaram pela vida e desafiaram as próprias previsões da medicina.
Por tudo isto entendo que o projecto do Sidadania deverá ser desenvolvido de forma a que, através dum voluntariado capaz e com as necessárias valências, se criem condições para intervir em várias áreas que reputo como necessárias.
Acredito também que a ciência irá ter respostas num curto/médio prazo para esta patologia e que há também todo um trabalho de sensibilização a ser feito junto das entidades oficiais no sentido de apoiar as investigações e a participação de novos medicamentos.
O que falas é já uma esperança palpável e que revela que estamos à beira dum passo decisivo no combate à Sida.
Porém, Raul, tu és uma pedra basilar na salvação moral e fisica dos infectados com o HIV. Por isso trata de aguentares bem essa carcaça para conduzires o teu povo à Terra Prometida, onde não haverá discriminação e onde as pessoas podem amar e viver livremente por muitos e longos anos.
Beijinhos
Odele
Muito obrigado pelas tuas palavras de encorajamento. Realmente é necessário ter esperança e se me permite acrescentar algo mais, é preciso ter também muita fé. A fé remove montanhas e pode haver várias formas de fé, entre elas a fé na ciência na qual eu acredito profundamente.Há um provérbio chinês que diz que quando desejamos uma coisa se pensarmos nela profundamente com todas as nossas forças ela torna-se realidade. Um beijão e muita força amiga pois tu precisas dela muito mais do que eu.Nunca desistas.
São
Esperemos que a luz ténue se transforme numa chama fulgurante, e que o HIV não a consiga apagar, à semelhança do que tem acontecido à chama olimpica, que mesmo quando é apagada logo alguém a acende de novo.Gostava que arranjasse algum tempo para poder participar com posts no "Sidadania", pois sei que tem muito para dar e os nossos leitores iriam adorar. Um abraço.
Lidia
Acreditas incondicionalmente no poder da mente e na capacidade de regeneração que esse poder proporciona,eu também. Às pessoas tuas conhecidas e aos quase milagres na recuperação, podes acrescentar-me na tua lista.No principio da infecção em que estava nos grupos de auto-ajuda, havia um oficial de policia, também infectado e com uma situação clinica muito melhor do que a minha. Tinhamos mais ou menos a mesma idade e ele era extremamente negativo. Várias vezes confidenciou-me:-Estamos fo...., ao que eu respondia, com todas as incertezas que tinha na altura que poderia ser que a medicação nos safasse.Ele já vestiu o sobretudo de madeira há alguns anos e eu continuo por cá, com a mágoa de nunca ter conseguido fazê-lo acreditar no poder dos medicamentos no prolongamento da vida e controlo da infecção.
Este tema do poder da mente poderá dar inicio a uma nova sequência de debates acerca de como as coisas funcionam. O que me dizes? Prepara-te :)
Um abraço cheio de esperança numa cura que há-de chegar.
Raul
Estamos em sintonia pois eu também já tinha pensado nisso.
Abraço
M.M.MENDONÇA
Raul você é o meu homem com essa dureza sensível e esse espírito brincalhão.
Só posso dizer: aguanta-te Raul porque fulanos como tu fazem falta e acabam por dar a volta por cima.
Também acredito no poder da mente mas a investigação médica evolui a grande velocidade e soluções vão aparecer que garantam um combate eficaz a esta pandemia chamada SIDA.
Abraço-o, meu amigo
Mendonça
O combate à SIDA sofreu grandes avanços, desde a introdução das terapias de grande actividade TARGA. Deixámos de ser "paletes" de gajos mortos e o negócio dos cangalheiros com a nossa malta entrou em crise. Passámos a morrer com ataques cardiacos,insuficiências hepáticas e renais entre outras que não fazem parte das estatisticas de mortalidade devido ao HIV.
Em vez de dizerem morreu com SIDA, devia ser homossexual ou drogado dizem:-coitado tão novo e o coração pregou-lhe uma partida.Mesmo na morte temos de defender o status social, já que gente fina é outra coisa.
Um abraço
Raul
Já percebi.
Mas não se trata de fazer parte doutra estatística. Trata-se de resistir a doenças colaterais que têm tratamento.
O que não tem tratamento é a doença acompanhada de depressão.
Abraço
Olá Raul:
Admiro muito a tua capacidade de ir em frente. Às vezes qualquer coisita insiginificante me faz recuar...mas é notável a tua personalidade lutadora, forte, empreendedora...enfim...aqueles casos raros de personalidade que eu nem imaginava existirem mas que de facto existem e ensinam-me a encarar o mundo com muito mais optimismo.
Mais uma esperança...e essa reside aí dentro de ti. É bonito ler as tuas palavras onde se verifica que acreditas.
Isso é muito bonito e bom para ti pois quando deixamos de acreditar tudo perde sentido.
Por isso nos dás a conhecer as tuas ideias, vivências...porque tu acreditas...acreditas sobretudo que é possível melhorar nem que sejam os outros...e isso é ...(sem mais palavras).
Boa continuação
beijo
Silvia
Por vezes é necessário recuar para depois avançar em força.Embora por vezes não deixe transparecer, também tenho os meus medos e as minhas fragilidades. Por vezes o acreditar não basta. É necessário darmos passos em frente para vermos resultados o que nem sempre é fácil.É preciso aprendermos a dizer "Não" quando isso for necessário, e isto aplica-se, à doença bem como a todos os medos que temos em nossas vidas.Bjs
Estou muito feliz com o aparecimento desta nova classe de medicamentos, os inibidores de integrase. Quando fui diagnosticado e iniciei a medicação, o meu médico assistente, referiu-me que a medicação actualmente utilizada, para além de ser eficaz no combate à replicação viral, é também muito menos tóxica de que outras medicações de outrora, utilizadas com o mesmo objectivo. Essas medicações eram decisivamente destrutivas para orgãos essenciais como os rins e o figado, além de muito agressivas e culpadas para o aparecimento da lipodistrofia, um efeito colateral gravissimo sobre todos os pontos de vista. A medicação que faço actualmente é denominada de primeira linha e é um facto que a faço há mais de um ano e não tenho quaisquer efeitos colaterais. A nova classe de medicamentos que agora surge, além de significar uma nova esperança para as pessoas que se encontram já em falência terapêutica será também uma alternativa a utilizar em detrimento de medicações mais tóxicas existentes e ainda em utilização.
Quando conheci o Raul, senti algum cepticismo da parte dele, quer perante os medicamentos, quer perante uma hipotética cura. No fundo, eu era e ainda sou um sonhador, e no fundo acredito que um dia a mesma será possível. Aliás, o meu médico assistente, sempre me pareceu optimista, pelo que sempre me transmitiu também alguma esperança.
Por tudo isto fico muito feliz em sentir no Raul o nascer da esperança. Fico muito feliz por ele, por mim, e por todos os que sofrem desta infecção, para que um dia, possam finalmente ver-se livre dela. Poderemos ainda não estar perto, mas certamente que, já estivemos muito mais longe.
Abraço
Mais um texto com uma noticia que não sabia. Pela cientista que tenho - não na área do HIV - mas com conhecimentos que "quando fala julga que domino palavrões":)))))) julgo que estamos a um passo da "vacina mais que preciosa" e no que relatas sei de fonte limpa que os cientistas estão mais que empenhados.
Quanto ao Papa concordo com o que dizes num dos teus comentários, porque apesar de eu acreditar no que acredito, a minha fé passa bem longe da hipócrisia dos reinantes da igreja católica.
Um abração a todos e obrigado Raul por mais este conhecimento.
Bom fim de semana
Congratulo-me com o regresso do Paulo, que tanta falta nos faz, e que estejamos a avançar para a vacina e para uma nova medicação mais adequada e com menos efeitos colaterais no combate ao HIV.
O Raul não pode desanimar por estar a sofrer as consequências da medicação. Vaso ruim não quebra e ele é dos duros e vai resistir, tratar-se e agarrar esta luta dos infectados pelo VIH.
Beijos aos dois
Fatyly
Um beijinho grande, enorme... Um bom fim de semana.
Louise
Regressei de Itália a noite passada. É sempre bom voltar a casa e ao nosso país. Por muito que resmunguemos com o que por cá se vai passando, Portugal é e será sempre o nosso Portugal. A Louise também me faz muita falta. :)
Beijinho e bom fim de semana.
Fatyly
Os palavrões,que os médicos usam e a que chamam linguagem técnica,vão-se tornando rotineiros. Acho que o advento da SIDA fez com que os pacientes deixassem de ser aquele tipo tradicional de doentes passivos e começassem a aprender sobre a doença. Muitas vezes são os doentes a alertar os médicos para a prescrição deste ou daquele medicamento que não podem tomar devido a interacção medicamentosa com os retrovirais, e infelizmente não são poucos os casos. É que os médicos não sabem tudo e muitos deles não têm experiência no tratamento de doentes com HIV, podendo cometer erros irreparáveis.
O certo é que a classe protege-se, com unhas e dentes para esses erros e a culpa nestes casos morre solteira. Bjs.
Louise
Obrigado pelo "vaso ruim". Não estou desanimado, apenas informado e consciente dos danos sofridos. Mas isso não me perturba minimamente, a não ser às vezes :)
Bjs.
Raul
"Vaso ruim" é dos melhores, percebeste ou não?
Beijos
Raul
Que haja esperança porque a esperança é tudo o que podemos ter.
Não te deixes ir abaixo. Há alturas em que ficamos muito vulneráveis mas depois temos que dar a volta por cima. Estar vivo é não entregar os pontos. E ainda há muita estrada para palmilhar.
A noticia é animadora.
Cumprimentos
Paulo
Fiquei contente por te ter de volta bem regressado e cheio de força.
Abraço daqueles
Mary,
Vagabunda de ti, por onde andas?
Estou de volta e gosto (adoro) que tu estejas também, por aki...
Beijo abraçado, muitos.
Mary
Não vou abaixo não, ou melhor vou mas volto logo à tona para respirar :)
Beijos
raul
afinal resolvi comentar.
é bom saber que surgiu um novo medicamento e uma esperança para nos ainda bem.
vais ver que ainda havera um genio que ira conseguir apertar o pescoço a este bicho de estimação que nos teima em consumir.
quanto a vacina não nos tras vantagens, mas para as novas gerações e uma boa noticia.muito boa mesmo.
tem esperança ......
as depressoes são mas companheiras
fazem mal a pele dão borbunhas, e são chatas como as melgas um horror
as sacanas...
quanto ao papa nem quero comentar
bej e tudo bom
Sideny
Não sei se sabes que há dois tipos de vacinas ou sejam as terapêuticas e as preventivas.A vacina terapêutica combate o virus quando ele já está no corpo do hospedeiro, e portanto seria util para nós.A preventiva como o nome indica evita que ele se instale no nosso corpo.De qualquer maneira e à semelhança de outras vacinas virais como a da gripe por exemplo, em certas cepas de virus simplesmente não funcionam ou a sua acção é diminuta. As novas técnicas de cristalografia estão a permitir através de microscópios electrónicos conhecer melhor o modo de actuação do virus, mas ainda é muito cedo para lançar foguetes.
raul
olha não sabia dessa, mas hei-de me esclarecer com o meu medico.
como tenho estado com a cabeça no meu outro problema grave tambem como tu sabes , nem tenho me lembrado deste.
agora ja tenho tido mais descanso
com ele .
Que maravilha amigos! Que bela notícia! Basta pela esperança!
E obrigada pela boa disposição!
Beijos e uma BOA semana...
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