Às seis da manhã, a movimentação já é grande na cozinha da casa no Prenda,bairro de Luanda.Eugênia e Felisberta tiram do forno bolos e pães. Maria Romeu e Emíliareúnem a loiça a ser transportada. Domingas supervisiona tudo.As cinco mulheres fazem parte da Cooperativa de Mulheres Vivendo com HIV eSida, formada em 2005, e que oferece serviço de buffet para eventos.Nessa manhã de quinta-feira, a equipa atende o PlusNews mas não interrompeos preparativos para o pequeno-almoço encomendado pela organizaçãonão-governamental World Learning.Pratos e talheres emprestadosTudo começou despretensiosamente.Os amigos sempre souberam que Domingas dos Santos cozinhava bem. Um dosgrandes fãs de seus grelhados e bitoques era o activista da ONG AcçãoHumana, Pombal Maria.Quando ele soube que a World Learning estava à procura de um buffet, sugeriuque Santos pegasse o evento com 30 participantes.?No começo, não tínhamos nada. Fui à casa das minhas irmãs e peguei toda aloiça emprestada. Só conseguimos fazer o transporte com uma viatura tambémemprestada da Acção Humana. Estávamos com muito medo, mas tudo deu certo?,conta Domingas.Desde 2005 muita coisa mudou. A cooperativa já devolveu os pratos e talheresemprestados e comprou sua própria loiça, além de outros utensílios decozinha. .No começo, não tínhamos nada. Fui à casa das minhas irmãs e peguei todaa loiça emprestada.Hoje a equipa também é dona de um Toyota Corolla que, nos dias de eventos,faz várias viagens para transportar pessoal e mercadorias.O buffet já atendeu eventos de várias agências das Nações Unidas, da ONGTerra dos Homens e está em busca de novos clientes.Para o pequeno-almoço, cobram-se US$ 8 por pessoa. O almoço varia de US$ 13a US$ 15 por pessoa. A empresa já está a dar um pequeno lucro, que é reinvestido no negócio.
E há quem chame aos países africanos, países do terceiro mundo, frisando sempre em tom de desdém que são países subdesenvolvidos.
O que aconteceria em Portugal se os infectados pelo HIV fundassem uma cooperativa do género para sobreviverem?
Com o que está a acontecer no nosso país presentemente em relação ao cozinheiro infectado que foi despedido, e recebendo exemplos destes de um país e de um povo que colonizámos. quem sabe seria bom , termos Angola a colonizar-nos para ver se aprendíamos alguma coisa.
E há quem chame aos países africanos, países do terceiro mundo, frisando sempre em tom de desdém que são países subdesenvolvidos.
O que aconteceria em Portugal se os infectados pelo HIV fundassem uma cooperativa do género para sobreviverem?
Com o que está a acontecer no nosso país presentemente em relação ao cozinheiro infectado que foi despedido, e recebendo exemplos destes de um país e de um povo que colonizámos. quem sabe seria bom , termos Angola a colonizar-nos para ver se aprendíamos alguma coisa.
2 comentários:
Felizmente que ainda há bons exemplos!
Contudo tenho pena que um projecto realizado com mais uns colegas da area do VIH/SIDA não tenha tido a opurtunidade de sair do papel!
Tinhamos o apoio de uma industria farmaceutica e tudo! O objectivo era ir para Africa (Moçambique) com uma equipe multidisciplinar e levar informação e promover pequenas acções de formação para que os locais possam depois espalhar a palavra ás populações!
Mas faltou a vontade politica de alguns governadores e o projetco acabou por ficar só no papel!
O Expresso publica hoje um cartoon sobre a discriminação dos trabalhadores seropositivos pelos empregadores. Ver cartoon
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