Resposta Atípica

Este post, é mais uma resposta a um comentário feito no texto anterior sobre Migrantes e Integração, pela leitora Luísa Cunha. Será bom fazerem uma leitura do mesmo , para que este texto possa ser compreendido.
Tive a pachorra de ir ao site, e ler a resposta dada à pergunta do NP , sobre a sobrevivência do vírus HIV fora do seu meio ambiente ou seja o corpo humano, e sinceramente não gostei muito, embora compreenda que muitas vezes aparecem perguntas tão disparatadas que não há pachorra e originam respostas deste género.
Quando existiam os Positivos on Line e eu era membro do painel, lembro-me de uma vez ter respondido de forma lacónica a alguém sobre medos de ter sido infectada num consultório dentário, resposta essa que foi apagada do site e que indignou algumas pessoas que a leram mas realmente não havia pachorra para tanta ignorância. Hoje compreendendo os medos e a ignorância acerca da infecção pelo HIV, talvez tivesse respondido de outra forma tendo dado prioridade à componente didáctica .
Quanto à sua participação no fórum não ser publicada, isso é normal e já vem do passado e aconteceu-me várias vezes bem como a outros companheiros que por lá paravam, portanto não estranhe. É a politica do eu quero, posso e mando e nós aceitamos ou então afastamo-nos, que foi o meu caso e o de muitos outros.
Mas a razão deste texto não é falar do site nem de quem o dirige mas sim do VIH, fora do seu habitat, o corpo humano onde ele sobrevive, reproduz-se e infecta outras pessoas através dos seus portadores.
Quando a ciência, se refere a que o vírus morre, ou melhor deixa de ser infeccioso fora do corpo humano em poucos minutos, esses estudos consideram o vírus exposto ao ar, como seja sangue derramado no chão, ou num carro depois de um acidente.
Dentro de uma seringa, o sangue que contém o vírus, não está exposto ao ar a não ser pelo pequeno orifício da agulha que coagula rapidamente, portanto o vírus continuará capaz de infectar por algum tempo.
Li algures que em condições óptimas de humidade e temperatura em laboratório, o vírus pode manter-se infeccioso durante cerca de 15 dias.
Quem se lembrar do sangue contaminado que foi importado, e que infectou os hemofílicos no nosso país, certamente poderá questionar a sobrevivência do vírus em certas condições de armazenamento, mas estamos aqui a falar de quantidades consideráveis de sangue, e não de sangue derramado ocasionalmente.
Básicamente, interessa saber, que não há perigo de alguém se infectar limpando sangue derramado por uma pessoa infectada pelo HIV. Saber que o vírus realmente deixa de ser infectante quando exposto livremente ao ar, após alguns minutos. Contudo e como nem só de pão vive o homem, qualquer pessoa que lide com sangue quer em limpezas, quer por questões profissionais ou outras, deve-se lembrar que existem outros vírus como por exemplo o VHC ou VHB (Hepatites Virais), que poderão estar presentes no sangue e que continuam a infectar muitas horas depois do sangue estar exposto ao ar e devem tomar-se certas precauções.
Uma resposta deste género, podia ser mais didáctica, para quem se quer informar superficialmente.
Para aqueles que querem ir ao pormenor, então sim (e nisso estou completamente de acordo) devem estudar a matéria para serem verdadeiros especialistas.

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