É o preservativo eficaz, na prevenção?




As campanhas de prevenção com vista a reduzir as infecções pelo HIV, aconselham a utilização do preservativo nas relações sexuais.
O numero de novas infecções, pelo HIV, via sexual continua a aumentar, e aparentemente somos levados a concluir que estas campanhas não atingem a população alvo a quem são dirigidas e que são todos os cidadãos sexualmente activos.
Creio que muito poucas pessoas desconhecem que o uso do preservativo é o único meio para travarmos eficientemente a infecção.
Então o que é que está errado no meio disto tudo, será que as campanhas são ineficazes? Será que as pessoas não têm medo de ser infectadas pelo HIV? Ou será que o preservativo não é tão eficaz como dizem, uma vez que os poros existentes no latex são muito maiores que o vírus e deixam-no passar com alguma facilidade?
Quanto ás campanhas acho que não são totalmente ineficazes e vão alertando as pessoas tornando-as conscientes do perigo existente, e melhor ou pior vão fazendo o seu trabalho. Não ter medo de se ser infectado, é um ponto em que não acredito pois as pessoas sabem que a SIDA não tem cura embora haja tratamentos para manter a infecção estabilizada. Em relação ao terceiro ponto e aos poros do latex é mais complicado, pois há quem defenda que o latex tem poros que deixam o vírus passar e outros que fizeram testes e dizem que ao microscópio os preservativos não apresentam poros e são seguros para prevenir a infecção.
Pessoalmente penso que as campanhas pelo menos atingem parte da população e devem ser mantidas e incrementadas. Penso que as pessoas têm algum receio, mas há sempre o pensar que a Sida só acontece aos outros. Quanto ao preservativo penso que embora não seja totalmente eficaz pelo menos tem uma margem de segurança bastante boa.
Afinal o que é que está errado no meio disto tudo? Uma coisa é certa, se as infecções aumentam e se o preservativo é eficaz então podemos concluir que nem todas as pessoas o usam por qualquer motivo, e o mais pertinente é que o preservativo inibe o completo prazer. Acredito nesta última hipótese e pelo que tenho ouvido não sou o único.
A ciência tem dificuldade em desenvolver outros meios para prevenir a infecção e está-se a investir fortemente nos microbicidas anti HIV o que realmente é algo muito bom.
Admira-me no entanto que não se invista em desenvolver o preservativo, para que o mesmo se transformasse num objecto para dar mais prazer e não fosse só visto como um meio de prevenção. Uma ideia era adicionar ao lubrificante um produto que estimulasse a glande e pudesse dar maior prazer ao homem e ao mesmo tempo maior prazer á mulher também. Há os afrodisíacos, os viagras e tantos produtos para um melhor desempenho sexual, porque não adicionarem também ao preservativo qualquer produto que desse mais excitação e que fizesse com que as pessoas o procurassem, não porque estivessem preocupadas em se defender de qualquer DST, mas porque achavam que o preservativo era algo necessário a uma melhor performance sexual.
Será que algo deste género é complicado cientificamente? Será que não iria resultar?
De uma coisa creio estar certo, e é que o preservativo tal qual nos é apresentado não vai nunca produzir efeitos de redução de riscos, pois há sempre aqueles que acham que é uma barreira ao prazer completo.
Vamos produzir os preservativos de segunda geração, com a intenção que eles sejam procurados para proporcionar mais prazer e não com uma barreira a doenças sexualmente transmissíveis.
É que quando a cabeça debaixo se levanta, a que temos por cima dos ombros deixa de funcionar correctamente e os medos e receios de contrair uma DST é muitas vezes o que menos importa naquele momento.
Posso estar errado acerca de haver muita gente que acha o preservativo um inibidor ao prazer completo, mas penso que não. Daí e se há realmente intenção de fazer algo em matéria de prevenção porque não experimentar, alguma ideia parecida á exposta? Acho que tudo o que se gastasse neste campo seria para beneficio da humanidade e nunca dinheiro desperdiçado. Cabe á industria e aos governos pensarem na utilidade de tornar o preservativo em algo necessário para maior prazer e porem ideias semelhantes em prática e quanto mais cedo melhor.

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