Lembrei-me da história do escuteirinho que fez a boa acção do dia ajudando uma velhinha a atravessar a rua. Teve uma trabalheira tremenda pois a idosa não tinha intenção de o fazer e ele teve uma enorme dificuldade.
Isto para ilustrar a distribuição de seringas e preservativos nas prisões. A comunidade seropositiva e de outras doenças crónicas apoia a distribuição de seringas e preservativos, pois a nossa preocupação é evitar que a pandemia continue a alastrar-se.
Achamos isso bom e achamos que os reclusos têm o direito aos “Kits” como a população fora das prisões o tem.
Agora o que pensam os reclusos e foram ou não ouvidos sobre este assunto?
Os reclusos nem todos são toxico dependentes e pensam reorganizar as suas vidas quer dentro da prisão para os que têm penas maiores, quer fora dela quando saírem.
Os que o são nem todos se injectam e o programa de abstinência tem dado alguns frutos com a terapia colectiva. E sempre há para as recaídas a “chinesa” (ilegal) e a “metadona” (legal), que são usadas lá dentro.
Qualquer recluso que seja apanhado com droga é severamente punido e eles sabem disso mas sempre há os que arriscam a severidade do castigo, porque o ser ou não ser apanhado para eles pouco importa, pois precisam do escape que a droga lhes dá para fugirem á realidade da vida prisional.
Imperando dentro das prisões a lei do mais forte, os reclusos formam os seus grupos onde existem pessoas bastante influenciáveis pelos outros membros do grupo.
Há reclusos que pensam, e com toda a legitimidade que esta experiência piloto de distribuição de seringas, possa ser um incentivo a um maior consumo e leve a que muitos que actualmente estão em abstinência voltem a consumir.
Depois há outro ponto importante a considerar que é como vão ser tratados aqueles que pedem os kits de seringas. A Droga continua a ser proibida, a fiscalização não vai deixar de existir e aqueles que pedem seringas são alvos preferenciais para a procura de droga nas suas celas. Claro que por parte dos reclusos se vão arranjar esquemas, para que os que não consomem vão buscar as seringas para as passarem aos utilizadores e outros estragemas serão criados para despistar a informação que os guardas prisionais possam vir a ter sobre quem é e quem tem droga.
É difícil, do lado de fora ter uma opinião válida e ajustada á realidade. Se por um lado seria óptimo travar a propagação da sida e de outras doenças transmissíveis quer através do sangue quer das relações sexuais, por outro lado seria mau aumentar o numero de consumidores de droga, e prejudicar qualquer programa como o da abstenção e da terapia colectiva que parecem estar a dar alguns frutos e permitirão a alguns reclusos depois de cumprirem as suas penas saírem limpos e reorganizarem as suas vidas.
Vamos aguardar como vai ser a experiência piloto e esperemos que seja positiva e atinja os seus objectivos.
Até lá temos de nos consciencializar se temos ou não legitimidade para opinar sobre assuntos desta natureza. O assunto é muito sensível e o pensarmos que estamos a fazer algo útil a favor da comunidade prisional pode na realidade não o ser. De qualquer maneira ficarmos de braços cruzados e não fazermos nada, não é solução quer para as nossas aspirações de travarmos a pandemia, quer para a população prisional e a pretensão que temos que tenha os mesmos direitos que os cidadãos livres, á saúde e á prevenção de doenças relativas aos seus comportamentos chamados de risco.
Estaremos atentos ao desenvolver do programa e veríamos com bons olhos , qualquer acção que tivesse como objectivo auscultar a opinião avalizada da comunidade a quem estas medidas se destinam.
Isto para ilustrar a distribuição de seringas e preservativos nas prisões. A comunidade seropositiva e de outras doenças crónicas apoia a distribuição de seringas e preservativos, pois a nossa preocupação é evitar que a pandemia continue a alastrar-se.
Achamos isso bom e achamos que os reclusos têm o direito aos “Kits” como a população fora das prisões o tem.
Agora o que pensam os reclusos e foram ou não ouvidos sobre este assunto?
Os reclusos nem todos são toxico dependentes e pensam reorganizar as suas vidas quer dentro da prisão para os que têm penas maiores, quer fora dela quando saírem.
Os que o são nem todos se injectam e o programa de abstinência tem dado alguns frutos com a terapia colectiva. E sempre há para as recaídas a “chinesa” (ilegal) e a “metadona” (legal), que são usadas lá dentro.
Qualquer recluso que seja apanhado com droga é severamente punido e eles sabem disso mas sempre há os que arriscam a severidade do castigo, porque o ser ou não ser apanhado para eles pouco importa, pois precisam do escape que a droga lhes dá para fugirem á realidade da vida prisional.
Imperando dentro das prisões a lei do mais forte, os reclusos formam os seus grupos onde existem pessoas bastante influenciáveis pelos outros membros do grupo.
Há reclusos que pensam, e com toda a legitimidade que esta experiência piloto de distribuição de seringas, possa ser um incentivo a um maior consumo e leve a que muitos que actualmente estão em abstinência voltem a consumir.
Depois há outro ponto importante a considerar que é como vão ser tratados aqueles que pedem os kits de seringas. A Droga continua a ser proibida, a fiscalização não vai deixar de existir e aqueles que pedem seringas são alvos preferenciais para a procura de droga nas suas celas. Claro que por parte dos reclusos se vão arranjar esquemas, para que os que não consomem vão buscar as seringas para as passarem aos utilizadores e outros estragemas serão criados para despistar a informação que os guardas prisionais possam vir a ter sobre quem é e quem tem droga.
É difícil, do lado de fora ter uma opinião válida e ajustada á realidade. Se por um lado seria óptimo travar a propagação da sida e de outras doenças transmissíveis quer através do sangue quer das relações sexuais, por outro lado seria mau aumentar o numero de consumidores de droga, e prejudicar qualquer programa como o da abstenção e da terapia colectiva que parecem estar a dar alguns frutos e permitirão a alguns reclusos depois de cumprirem as suas penas saírem limpos e reorganizarem as suas vidas.
Vamos aguardar como vai ser a experiência piloto e esperemos que seja positiva e atinja os seus objectivos.
Até lá temos de nos consciencializar se temos ou não legitimidade para opinar sobre assuntos desta natureza. O assunto é muito sensível e o pensarmos que estamos a fazer algo útil a favor da comunidade prisional pode na realidade não o ser. De qualquer maneira ficarmos de braços cruzados e não fazermos nada, não é solução quer para as nossas aspirações de travarmos a pandemia, quer para a população prisional e a pretensão que temos que tenha os mesmos direitos que os cidadãos livres, á saúde e á prevenção de doenças relativas aos seus comportamentos chamados de risco.
Estaremos atentos ao desenvolver do programa e veríamos com bons olhos , qualquer acção que tivesse como objectivo auscultar a opinião avalizada da comunidade a quem estas medidas se destinam.
O debate sobre esta questão é absolutamente necessário e os monges do convento têm de ser ouvidos.
Afinal do contas, só quem está no convento é que sabe o que se passa lá dentro.
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