Os Medicamentos que tomamos


Por vezes estamos descontentes com os medicamentos que tomamos, pelos efeitos secundários e pelos danos que por vezes provocam em diversos órgãos do nosso corpo, para curarem ou manter controlados os agentes reponsáveis por este ou aquele mal de que padecemos.
Escrevo este artigo com o intuito de dar a conhecer os vários passos que são dados até um medicamento entrar no circuito do mercado dos medicamentos.
Os cientistas para desenvolverem um medicamento especifico para uma doença começam com vários compostos, que podem ir até 5.000, e fazem experiências da actividade biológica desses compostos e da sua segurança, experimentando-os em animais, chamando a esta fase estudo pré clinico. Depois desta fase e de verificarem a actividade biológica dos compostos, são seleccionados 5 compostos e iniciam as suas experiências em pessoas saudáveis num grupo que pode ir de 20 a 80 pessoas. O objectivo é testar a segurança do composto e calcularem as doses necessárias para que seja eficaz, chamam a este procedimento Fase I. Depois de tirarem conclusões, o futuro medicamento vai pela primeira vez ser ensaiado em doentes voluntários seleccionados e podem fazer parte destes ensaios entre 100 a 300 doentes. Esta é a Fase II e pretende-se saber se o composto é eficaz e quais os seus efeitos colaterais. Se os resultados forem satisfatórios o composto passa á fase seguinte ou seja Fase III e o numero de doentes é alargado para um numero entre 1000 a 3000 doentes, avaliando-se aqui as reacções adversas do composto ao uso continuado pelos doentes e os resultados no combate á doença a que se destinam.
Depois desta fase o composto é submetido á aprovação das entidades reguladoras do medicamento, para apreciarem os estudos feitos e aprovarem a sua entrada no mercado
( FDA – Americana e EMEA – Europeia ).
Mesmo depois de aprovados os medicamentos continuam os seus testes de Fase IV , pós introdução no mercado e se houver razões que o justifiquem podem ser retirados .
É complicado um certo medicamento ser autorizado e o percurso que leva até o termos á nossa disposição pode levar até 12 anos.
Muitos medicamentos por vezes seriam rejeitados, não fosse a sua capacidade para combaterem eficazmente o agente que provoca esta ou aquela doença.
Mesmo assim especialmente para doenças como o HIV e o HCV temos medicamentos que nos prejudicam e muito, mas que são os únicos que dispomos no combate a esses vírus.
Coisa séria isto dos medicamentos, muitos deles extremamente poderosos e tóxicos e capazes de poderem ser potenciados ou anulados na presença de outros compostos químicos, isto para aqueles que por vezes querem experimentar em conjunto com eles, remédios naturais sem saberem o resultado que as interacções químicas podem provocar.

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