Sangue Humano é um dos condimentos, usados nas comidas exóticas que um restaurante serve aos seus clientes.
Sei que alguns medicamentos, provocam alucinações e pesadelos. Um dos que tomei e tive de deixar causava-me esses efeitos secundários e embora o tenha deixado há algum tempo creio que os feitos secundários a longo prazo se mantêm.
Esta noite tive um desses pesadelos e o sonho parecia tão real que mesmo aparentemente acordado durante o dia me manteve confuso.
Não sei em que país estava nem em que época do desenvolvimento humano. Creio que era uma mistura da idade média com coisas actuais á mistura. Era uma hospedaria com uma cozinha medieval. Nos seus cozinhados, os mestres cortavam-se e mandavam o sangue para dentro dos panelões, cuspiam para dentro das panelas e o seu suor escorrido para dar tempero em vez de sal. As lágrimas provocadas pelo corte das cebolas eram mais um dos condimentos.
Depois o cozinheiro foi despedido, e aqui entra a época em que o HIV, todo o estigma e descriminação, associada à exclusão social dos infectados é uma realidade. O cozinheiro estava infectado com o HIV e o seu sangue nos panelões, juntamente com as cuspidelas, o suor e as lágrimas podiam infectar as pessoas que lá comessem. Vieram os sábios de todo o mundo e declararam que o vírus cozinhado está morto e não infecta ninguém. Juntaram-se os anciões e os jurados do povo, para decidirem se era justo despedirem o cozinheiro e se os seus cozinhados representavam perigo para os romeiros que vinham de terras longínquas comer aquele manjar dos deuses.
As cuspidelas, o suor e lágrimas pareciam não constituir risco pois a presença do vírus nestes fluidos é mínima mas o problema maior era o sangue. Os sábios tinham referido que VIH cozinhado não infecta.
Não sei o que se passou depois, mas o certo é que os anciãos decidiram que o dono da hospedaria tinha razão.
Possivelmente o segredo dos cozinhados era no final temperarem os mesmos com sangue fresco como se de azeite ou vinagre se tratasse.
Nessa época não devia haver retrovirais ainda, pois se os houvesse e se a carga viral estivesse indetectável o risco seria mínimo ou quase inexistente e mesmo assim seria necessário o comensal ter feridas na boca a sangrarem.
Embora saiba, que um sonho destes nunca poderia ser realidade, o certo é que se nas minhas andanças, se um dia precisar de alojamento e comida, nunca escolherei uma hospedaria que me faça lembrar esta. É que na realidade não tenho gosto em experimentar comidas exóticas com certos ingredientes. Sangue humano e umas escarretas na comida, mesmo que todos digam que é saboroso, causam-me vómitos e se tentasse provar certamente iria vomitar para cima da mesa e dos pratos dos outros comensais. Quem sabe se num mundo louco como este do sonho o meu vomitado iria ser apreciado e eu contratado para vomitar em cima dos pratos dos apreciadores.
Apenas uma nota.É que eu sou também infectado pelo HIV, e teriam de fazer testes para verificar se o meu vomitado tem vírus.
Conclusão: Precisamos de retrovirais que não causem estas alucinações e pesadelos. Parece que devido aos medicamentos que já tomei a minha mente ficou IN SANA.
Sei que alguns medicamentos, provocam alucinações e pesadelos. Um dos que tomei e tive de deixar causava-me esses efeitos secundários e embora o tenha deixado há algum tempo creio que os feitos secundários a longo prazo se mantêm.
Esta noite tive um desses pesadelos e o sonho parecia tão real que mesmo aparentemente acordado durante o dia me manteve confuso.
Não sei em que país estava nem em que época do desenvolvimento humano. Creio que era uma mistura da idade média com coisas actuais á mistura. Era uma hospedaria com uma cozinha medieval. Nos seus cozinhados, os mestres cortavam-se e mandavam o sangue para dentro dos panelões, cuspiam para dentro das panelas e o seu suor escorrido para dar tempero em vez de sal. As lágrimas provocadas pelo corte das cebolas eram mais um dos condimentos.
Depois o cozinheiro foi despedido, e aqui entra a época em que o HIV, todo o estigma e descriminação, associada à exclusão social dos infectados é uma realidade. O cozinheiro estava infectado com o HIV e o seu sangue nos panelões, juntamente com as cuspidelas, o suor e as lágrimas podiam infectar as pessoas que lá comessem. Vieram os sábios de todo o mundo e declararam que o vírus cozinhado está morto e não infecta ninguém. Juntaram-se os anciões e os jurados do povo, para decidirem se era justo despedirem o cozinheiro e se os seus cozinhados representavam perigo para os romeiros que vinham de terras longínquas comer aquele manjar dos deuses.
As cuspidelas, o suor e lágrimas pareciam não constituir risco pois a presença do vírus nestes fluidos é mínima mas o problema maior era o sangue. Os sábios tinham referido que VIH cozinhado não infecta.
Não sei o que se passou depois, mas o certo é que os anciãos decidiram que o dono da hospedaria tinha razão.
Possivelmente o segredo dos cozinhados era no final temperarem os mesmos com sangue fresco como se de azeite ou vinagre se tratasse.
Nessa época não devia haver retrovirais ainda, pois se os houvesse e se a carga viral estivesse indetectável o risco seria mínimo ou quase inexistente e mesmo assim seria necessário o comensal ter feridas na boca a sangrarem.
Embora saiba, que um sonho destes nunca poderia ser realidade, o certo é que se nas minhas andanças, se um dia precisar de alojamento e comida, nunca escolherei uma hospedaria que me faça lembrar esta. É que na realidade não tenho gosto em experimentar comidas exóticas com certos ingredientes. Sangue humano e umas escarretas na comida, mesmo que todos digam que é saboroso, causam-me vómitos e se tentasse provar certamente iria vomitar para cima da mesa e dos pratos dos outros comensais. Quem sabe se num mundo louco como este do sonho o meu vomitado iria ser apreciado e eu contratado para vomitar em cima dos pratos dos apreciadores.
Apenas uma nota.É que eu sou também infectado pelo HIV, e teriam de fazer testes para verificar se o meu vomitado tem vírus.
Conclusão: Precisamos de retrovirais que não causem estas alucinações e pesadelos. Parece que devido aos medicamentos que já tomei a minha mente ficou IN SANA.
2 comentários:
Eu já assinei!
:)
Olá!
Tive um professor que estava sempre a dizer "trabalhar é terapêutico" ajuda em quase tudo.
A minha tese de mestrado vai de encontro a estas sábias palavras! Para os infectados VIH o trabalho (além de fonte de rendimentos)dá sentido á vida e atenua o medo da morte.
Não sei se concorda?
Claro está que se a pessoa estiver muito debilitada não a vamos obrigar a trabalhar tal como o nosso governo tem feito com algumas pessoas!
:)
Enviar um comentário